PERI-MIRIM: Benedito de Jesus Costa Serrão

Por Cintia Cristina Martins Serrão

Benedito de Jesus Costa Serrão nasceu no povoado Centro dos Coelhos, município de Palmeirândia, no dia 20 de dezembro de 1933. Filho de Frederico Alves Serrão e Celestina Costa, teve três irmãos: José Beijamim, Maria José e Onélio Costa.

Em 1965, Benedito de Jesus, conhecido como De Jesus Serrão, mudou-se para o povoado Três Marias para trabalhar como benfeitor do senhor Jaime Martins Corrêa (conhecido como Jair), um importante produtor de cana-de-açúcar da região, que possuía alambiques, engenho e fabricava cachaça e mel de cana.

Foi nesse período que De Jesus conheceu a senhora Carmem Martins, no povoado Tijuca. Juntos, decidiram viver em união e constituíram família, tendo três filhos: Cíntia, Benedito Filho e Weliton. Ele já tinha outros filhos de relacionamentos anteriores: Celico, Nazaré, Ana Lucia, Marileia, Laudilene Josely, Fideles, Suely, Helio, Heliezer, Ivanilde, Elisabethe e Francisco.

Após se estabelecer em Três Marias, De Jesus propôs a compra de um pedaço de terra ao senhor Durans, que aceitou a negociação. No terreno adquirido, localizado à direita da propriedade, construiu sua casa e fixou residência definitiva.

Em 1970, iniciou seus próprios negócios, abrindo um comércio de compra e venda de arroz e babaçu, contando com o apoio da esposa Carmem e do sócio Cosme Duarte, apesar de continuar colaborando com o senhor Jair. Sua postura prestativa e a disposição em ajudar a comunidade fizeram com que De Jesus se tornasse conhecido em diversos povoados vizinhos.

Por morar próximo à estrada que ligava vários municípios, De Jesus conheceu Geraldino e Isaac Dias, importante político da cidade de São Bento. A amizade com Isaac cresceu a ponto de ele se tornar padrinho de um de seus filhos. Reconhecendo seu potencial, Isaac incentivou De Jesus a ingressar na política, convidando-o a filiar-se a um partido no município de Peri-Mirim.

Dessa forma, começou sua trajetória política. Em 1972, candidatou-se pela primeira vez ao cargo de vereador, ficando na suplência. A partir dessa data continuou persistente, não desistiu. A convite do prefeito João Pereira foi trabalhar na prefeitura de Peri-Mirim no ano de 1978, lá conheceu a Eloisa que é a sua atual companheira com quem teve dois filhos Salma e Yuri. e, em 1982, foi eleito prefeito de Peri-Mirim, exercendo um mandato de seis anos. Em 1988, a sua sucessora foi a senhora Carmem Martins, e em 1996, retornou ao cargo de prefeito, conquistando novamente a confiança da população.

Durante seus mandatos, realizou obras de grande impacto para o município, como a construção de postos de saúde, escolas, prefeitura, câmara municipal, mercado municipal e jardins de infância, além de trazer diversos outros benefícios para a população.

De jesus tem um grande legado na politica do município de Peri-Mirim, com pessoas da sua família à frente de algumas gestões, a sua ex companheira Carmem Martins, o seu filho Yury e o atual prefeito Heliezer.

De Jesus, como é carinhosamente conhecido, continua entre nós e é reconhecido como um dos grandes políticos que marcaram a história do município, deixando um legado de trabalho e dedicação ao povo de Peri-Mirim.

A FORÇA DO “TÁ”!

Lendo um texto de um amigo querido, ao ser provocado, para tecer uma crítica à sua nova obra, deparei-me com a familiar forma “TÁ”, persistente e tão sorridente, a me chamar às origens. E, aí, encontrei a deixa, a me fazer ir em busca de maravilhosas estruturas, que me marcaram a infância / adolescência na Baixada maranhense. Estruturas, que, para os autênticos baixadeiros, tão distantes e saudosistas, muitas vezes, ainda “escapolem” e vão se fazendo presentes. Não surpreendem nem se tornam estranhas. Pelo contrário, satisfazem “o pensar alto”, de quem se permitia “se achar, ser o que a folhinha não marcava, ser o lindão, ser a última bolacha do pacote” e que, para isso, empregava “Tá se achano, tá nos pano, tá na crista da onda”. E, se fosse um pouquinho mais ousado, apelava a “tá facinho, tá só safadeza, tá no viço, tá na vala, tá na vida”. E, se se fechasse em copas, a dureza e a insensibilidade do sentir vinham. “Tá cum um coração de pedra, tá um coração de gelo, tá na rua da amargura”.

E, nessa perspectiva, íamos colecionando “TÁS”. Assim, o encontrar um amigo magro se traduzia em “tá só urelha, tá só couro e osso, tá só o curéu, tá só o talo, tá só a titela, tá só o cambito, tá cumeno vento, tá passano fome, tá sumino”. E, na inversão do peso, choviam elogios. “Tá bunito, tá sadio, tá passano beim, tá de bucho cheio, tá rico”. Era como se “a miséria e a fartura” fossem se concretizando com a mesma gana. Esta, com euforia; aquela, com comiseração.

E o desfile continuava a se fazer. A ira e a danação se enfeixavam em uma aliança perfeita. “Tá cum sangue no ôlho, tá impussívi, tá de ovo virado, tá pintano o sete, tá com o dhiabo no côro, tá ispritado, tá indemonhado, tá virado no cão”.

O ingênuo e o descompensado se identificavam, no mesmo compasso. “Tá com cara de nhô zé, tá de ovo virado, tá de miolo mole, tá chiladinho, tá zorongo, tá muchinho da silva, tá tanso, tá no mundo da lua, tá biruta, tá lelé da cuca”.

“A belezura”, também, não se fazia de rogada e se insinuava em cândidas sentenças. “Tá na flor da idade, tá um pedaço de mau caminho, tá chêrano a leite”. Mas, de verdade, o menosprezo vinha forte. “Tá cum o rei na barriga, tá mais liso que peixe de água doce, tá mintino de cara limpa, tá faltando com a verdade, tá sortano cachorro cum linguiça, tá contano lorota”.

Já “a desboniteza” se fazia cruel, a se utilizar de uma máxima assustadora e açoitante. “Tá o cão chupano manga”. E a ambiguidade dançava entre o reprovável e o aceitável. Ficava ao gosto do freguês. “Tá a cara dum e fucinho dôto ou tá cuspido e iscarrado o tio”. Torcíamos para “a simpatia” do tio. Misericórdia!

Para não esquecer, uma sentença, tão significativa e espetacular, se traduzia no desprezo, no tanto fazia, no não ligava, no cúmulo da indiferença. “Tá cagano e andano pra tu!”

E, nessa sequência de TÁS, a gradação se tornava vibrante, a narrar o infortúnio e a graça eterna de um indivíduo. “Tá no istaleiro, tá disinganado, tá só esperano a hora, tá na hora da morte, tá incumendado, tá na pedra, tá morto e interrado, tá morando com Deus!” Cruzincredo! “Tá repreendido!”

ALCAP: Quinta Feira de Troca de Mudas, Sementes e Saberes na VIII Ação de Graças na Jurema

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense  (ALCAP) em parceria com a VIII Ação de Graças na Jurema  promoverão a quinta Edição da Feira de Troca de Mudas, Sementes e Saberes, no dia 20 de setembro de 2025, a partir das oito horas da manhã, no Sítio Jurema, Povoado do Cametá, no município de Peri-Mirim-MA.

A referida feira será realizada por meio do Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins”, que tem como gestora, Ana Cléres Santos Ferreira, que sempre contou a colaboração de Maria do Carmo Pinheiro e sua filha Ana Sheila, as quais preparam um ambiente aprazível para receber a comunidade. A Ação de Graças na Jurema foi idealizada por José dos Santos, para promover a União em sua Comunidade.

Por iniciativa da acadêmica e atual presidente da ALCAP, Jessythannya Carvalho Santos, a feira tem o objetivo de auxiliar na preservação da biodiversidade, promover a educação ambiental, bem como estimular a alimentação orgânica e saudável. As mudas serão fornecidas pelo Jardim Botânico da Vale S.A. Porém, a maioria das mudas são oriundas do Sítio Boa Vista, de propriedade da gestora do Projeto.

Além de mudas de hortaliças, legumes e outros vegetais, serão trocadas/disponibilizadas plantas ornamentais, mudas de árvores frutíferas e não frutíferas, plantas medicinais, sementes e muito conhecimento e diversão. Esperamos contar com a participação de engenheiro agrônomo ou outro especialista, para orientar as pessoas.

Ação de Graças na Jurema recebe o Clube de Leitura da ALCAP

No dia 21 de setembro de 2025, a Ação de Graças na Jurema receberá a Academia de Letras Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) em um encontro inesquecível do Projeto Clube de Leitura “Prof. João Garcia Furtado”, que tem como gestora, a acadêmica Edna Jara Abreu Santos. Desta vez, o cenário escolhido foi a comunidade da Jurema, localizada no povoado Cametá, lugar onde literatura, memória e coletividade se entrelaçam.

O projeto da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense – ALCAP mobiliza não só alunos das escolas públicas e particulares da cidade, mas também a comunidade em geral que aprecia este momento cultural. A experiência promete ser mais que um simples encontro: será uma celebração da leitura como espaço de resistência, reflexão e pertencimento.

Nesta edição, o destaque vai para a obra Cantos à Beira-Mar, de Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira e um dos nomes mais expressivos da literatura afro-brasileira. O livro, além de integrar a lista de leitura obrigatória para o Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior da UEMA em 2026, carrega em si a força de uma escrita engajada, lírica e profundamente crítica.

Maria Firmina, cuja voz atravessa séculos, é reconhecida como uma das mais potentes na denúncia e no combate às opressões sociais de sua época — entre elas, a escravidão. Sua obra ecoa como manifesto e inspiração, reafirmando a importância da literatura como arma contra as doenças sociais que ainda persistem.

Por isso, nosso encontro na Jurema será muito mais do que uma atividade escolar. Será um ritual coletivo, onde juventude e memória se entrelaçam; onde professores, alunos e comunidade poderão beber da mesma fonte literária e refletir sobre o Brasil que fomos e o Brasil que ainda podemos construir.

Que cada página lida, cada verso compartilhado e cada silêncio respeitado nesse encontro sejam também sementes plantadas em nossos corações. A obra pode ser acessada por meio do link abaixo:

https://literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=117651

ENCONTRO DA BAIXADA MARANHENSE: Construção de uma Agenda Estratégica de Desenvolvimento

Aconteceu ontem (26/08/2025), no horário das 8:00 às 18:00h na sede do Sebrae/MA (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão) no Multicentro, localizado na Jerônimo de Albuquerque – Alto do Calhau em São Luís, para discutir e construir um Plano Estratégico de Desenvolvimento para a microrregião da Baixada Maranhense.

Lideranças se reúnem com o Sebrae para construir um Plano de Desenvolvimento da Baixada Maranhense para a próxima década.

O evento contou com a participação de representantes de mais de 20 municípios da microrregião da Baixada e Litoral Ocidental, onde as águas desenham o horizonte e a terra pulsa de histórias.

De início, o cantor e compositor Josias Sobrinho vocalizou duas músicas que refletem o êxodo dos baixadeiros de sua terra natal na buscar de novas oportunidades de trabalho e renda. A música “De Cajari pra Capital” foi acompanhada por todos. Na cabeça dos presentes passava um filme sobre suas viagens em deixam seus entes queridos em busca de oportunidades. Foi um momento de grande emoção!

O superintende do Sebrae, Albertino Leal, deu as boas-vindas aos baixadeiros, elogiando a iniciativa e colocando-se à disposição para dar continuidade à agenda de desenvolvimento da Baixada, uma área abençoada, mas que necessita de investimentos e desenvolvimento sustentável.

A gerente de Empreendedorismo Territorial, Hildenê Maria, discorreu sobre a importância de promover a colaboração entre diferentes atores: empreendedores, poder público e comunidade e que o Fórum da Baixada pode aproveitar o momento para fazer um excelente projeto.

Por parte do Fórum da Baixada, João Silveira comparou a parábola “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras!” ao planejamento da Baixada que está sendo gestado, uma vez que visa, especialmente, as gerações futuras.

João Martins foi chamado a “Traçar a Linda do Tempo”. Antes, porém, ele convocou o pastor Silveira para fazer uma Oração, a fim de pedir discernimento e bênçãos aos participantes. João Martins lembrou que o Fórum da Baixada foi instituído oficialmente em 2015 e que, de lá para cá, nunca parou e sempre contou com a parceria do Sebrae. Afirmou que o Fórum da Baixada tem em seu histórico muitas conquistas que foram registradas em uma Cartilha, produzida ainda na gestão do primeiro presidente, Flávio Braga.

Também usaram da palavra a gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Pinheiro, Rosa Amélia Borges e

O atual presidente do Fórum da Baixada, Expedito Moraes, discorreu que o pedido de ajuda ao Sebrae para elaborar um Plano, foi movido pelo sonho de prosperidade, educação de qualidade, acesso à saúde, produção sustentável, oportunidades de emprego e qualidade de vida. Expedito Moraes afirmou que esses sonhos ecoam nas conversas ao entardecer, nos encontros em praças, igrejas e centros comunitários, alimentando a esperança de que dias melhores não só são possíveis, mas necessários.

A necessidade de conversar, ouvir, planejar, identificar ações concretas que tragam desenvolvimento de verdade, capazes de atrair investimentos, fomentar a capacitação e valorizar o que a Baixada tem de melhor: sua cultura, sua natureza, sua gente. E para isso, cada voz importa e que o conhecimento técnico do Sebrae é fundamental para sistematizar as ideias e sonhos.

A facilitadora do Programa LIDER do Sebrae, Eulália Oliveira, reportando-se à música de Josias Sobrinho, “De Cajari pra Capital”, fez alusão à reunião chamando o encontro de “Da Capital pra Cajari”, comparando o momento como ação inversa, ou seja, levando conhecimento e benefícios por meio de baixadeiros que estão em São Luís para a Baixada.

Eulália apresentou a metodologia e programação de trabalho do Encontro da Baixada Maranhense, que se constituiu em dinâmica de grupo, oficinas, construção da agenda de desenvolvimento e considerações finais.

Na temática de dinâmica de grupos, considerando-se que o Fórum da Baixada completou 10 (dez) anos, fez-se a retrospectiva de dez anos e a perspectiva de futuro para o espaço de tempo.

Posteriormente, Eulália dividiu os presentes em dois grupos: um grupo exporia os pontos positivos e o outro os pontos negativos na Baixada durante dez anos passados.

Os principais pontos positivos nos últimos dez anos (2015 a 2024) foram:

  1. Criação do Fórum da Baixada em 2015;
  2. Lançamento do livro Ecos da Baixada;
  3. Implementação de IEMA e IFMA;
  4. Construção da ponte Central Bequimão;
  5. Início da construção da Barragem de Maria Rita;
  6. Estrada do Afoga;
  7. Desenvolvimento da piscicultura e apicultura;
  8. Fábrica de gelo;
  9. CBH – Pindaré;
  10. Lançamento de vários livros de baixadeiros;
  11. Construção da Estrada do Peixe;
  12. Atuação positivo do Guarás e Litoral;
  13. Expedições Expocapril;
  14. Realização de Diálogos Baixadeiros;
  15. Acompanhamento público e federal dos Diques da Baixada;
  16. Início da construção do Terminal Portuário do Anel Viário;
  17. Hospitais regionais e + IDH
  18. Expressão e premiação de alunos da Baixada;
  19. Existência de vários Blogs na Baixada;
  20. Criação de Academias na Baixada;
  21. Desenvolvimento do turismo;
  22. Início da Construção da Estrada Anajatuba – São João Batista e
  23. Infraestrutura portuária: Terminal da Ponta da Espera, entre outros.

 

Quanto aos pontos negativos nos últimos dez anos (2015 a 2024) foram:

  1. Estiagem;
  2. Fechamento de agências bancárias;
  3. Marés de sizígia – mortandade de peixes;
  4. Covid-19 com prejuízo econômico de atividades empresariais;
  5. Cercamentos dos campos;
  6. Casos de Hanseníase/Tuberculose;
  7. Avanço de facções criminosas;
  8. Guerra na Ucrânia afetou o preço do mel;
  9. Más condições da MA-014;
  10. Deficiência no transporte de Ferry Boat;
  11. Colapso das pontes;
  12. Violência urbana e rural;
  13. Inércia dos modelos de crescimento municipal;
  14. Presença de espécies predadoras nos rios e urina preta;
  15. Escassez de Mão de Obra;
  16. Falta de Macrozoneamento da Baixada;
  17. Falta de indicadores de produção agrícola;
  18. Rompimento dos meandros dos rios Pindaré e Mearim;
  19. Assoreamento dos rios e lagos e
  20. Salinização e carência de água potável.

 

Posteriormente, a facilitadora pediu que cada grupo escolhesse uma pessoa para fazer a apresentação e que o outro grupo poderia acrescentar mais itens.  Após a apresentação, todos se concentraram nos pontos positivos e negativos para os próximos dez anos (2025 a 2035).

Quanto aos pontos positivos para os próximos dez anos (2025 a 2035) foram:

  1. Plano de Ação para o desenvolvimento da Baixada;
  2. Diques da Baixada;
  3. Feira de livros;
  4. Feiras de agronegócios;
  5. Fiscalização ambiental eficiente;
  6. Fábrica de ração;
  7. Rodovia Transoceânica (Pará – Maranhão);
  8. Posto de Bombeiros em cada município;
  9. Programa de editoração de livros;
  10. Expandir produção de açaí;
  11. Inventário de Turismo da Baixada;
  12. Implantação de campo de pouso;
  13. Dessalinização de poços;
  14. Mais hospitais;
  15. Polo de Apicultura;
  16. Polo Piscicultura;
  17. Polo de Carcinicultura;
  18. Incentivo Associativo e Cooperativismo;
  19. Regularização fundiária de comunidades Quilombolas;
  20. Implantação da Ferrovia Alcântara para Sul;
  21. Ciência e Tecnologia nas escolas;
  22. Desassorear rios e lagos;
  23. Conclusão da travessia Anajatuba – São João Batista;
  24. Conclusão da Barragem Maria Rita;
  25. Programa de capacitação de jovens;
  26. Criação de Banda Municipais de Música;
  27. História e Geografia da Baixada nas Escolas;
  28. Disciplinamento da Bubalinocultura;
  29. Aplicação da Ciência na produção agrícola e
  30. Infraestrutura regional.

 

Também foram projetados pontos negativos para os próximos dez anos (2025 a 2035) que foram:

  1. Deficiência no transporte de Ferry Boat;
  2. Lago e rios assoreados;
  3. Ausência de gestão ambiental municipal;
  4. Continuação do cercamento dos campos naturais;
  5. Regularizações fundiárias deficientes;
  6. Invasão de água salgada nos campos;
  7. Não adaptação das mudanças climáticas;
  8. Aumento da criminalidade: facções e drogas;
  9. Deficiência no enfrentamento de doenças endêmicas;
  10. Falta de política de desenvolvimento;
  11. Falta de ações públicas durante décadas;
  12. Crise ambiental;
  13. Conflitos agrários – a Baixada lidera esses conflitos;
  14. Não comprometimento da classe política, empresarial e da sociedade com a agenda de desenvolvimento;
  15. Migração forçada;
  16. Ausência de macrozoneamento, pois a Baixada é área de preservação ambiental;
  17. Salinização dos campos das águas para produção de arroz e
  18. Falta de desenvolvimento econômico e infraestrutura.

 

Com esses dados, e focando-se nos pontos positivos para a década 2025-2035, a instrutora pediu que fossem destacados, a partir dos pontos positivos, as ações em urgentes, médio e logo prazo. A partir da marcação com postites dessas ações. Em seguida, os itens foram separados em três ações: 1) Negócios Rurais; 2) Infraestrutura e 3) Desenvolvimento Humano.

Desta feita, os participantes foram divididos nesses três grupos, a fim de construírem o Plano de Ação, com as premissas de: Ação, quem, quando e como, para alcançar um objetivo específico.

Novamente, cada grupo apresentou seu trabalho, levando os itens sugeridos pela instrutora que, de posse desses trabalhos, irá compilar os resultados em um documento técnico com a marca Sebrae!

Finalmente, o Fórum da Baixada agradece aos que compareceram ao evento, deram suas contribuições para formulação da Agenda Estratégica de Desenvolvimento, em especial ao Sebrae pelo conhecimento técnico, viabilizando a caminhada, a fim de promover um despertar aos habitantes da Baixada Maranhense e Litoral Ocidental para o desenvolvimento sustentável.

 

Gratidão pela Vida Abençoada

Por Família Martins Santos

Sempre evitávamos levar nossa mãe, Maria Amélia (96 anos), ao Hospital, com receio de ela não voltar. Porém, no dia 14 de junho de 2025, a sua internação foi inevitável. À noite a levamos ao Hospital São Domingos – na chegada foi logo entubada e depois ocupou um leito da temida Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Parecia que estávamos em um mar revolto em uma lancha de madeira. A cada momento uma novidade, um susto: pressão alta, pressão baixa, febre, transfusão de sangue, exames dos mais variados. Não falávamos sobre o assunto, porém, muitas vezes pensávamos que Miminha não resistiria à turbulência daquele tratamento. Que seu corpo fatigado pela idade e pelos desafios da vida iriam sucumbir.

Submeteu-se aos procedimentos de Traqueostomia e Gastrostomia que permitem que as funções de respiração e alimentação sejam feitas de forma automática. Os médicos disseram que ela usará esses equipamentos para sempre, que lhe privarão da fala e da alimentação via oral.

Muitas vezes, vinha para casa, orava para que pudéssemos suportar os desígnios de Deus, pois sentia que o fim de uma vida de muitas batalhas estava próximo. Porém, ela resistia bravamente. Teve alta da UTI e foi para o apartamento em 7 de julho de 2025, enquanto o processo de Home Care se encaminhava pela dura burocracia entre o plano de saúde, a empresa de home care e o hospital.

Nesse ínterim, ela foi acometida de febre altíssima, com calafrio e sinais de bronco aspiração.  Retornou à UTI onde fez a troca do tubo da traqueostomia. Porém, os sinais vitais continuavam instáveis e a alta hospitalar era novamente uma incógnita.

A nossa família sentia-se numa tempestade ruidosa. Quem estivesse com mamãe no hospital se encarregava de fotografar os aparelhos que mediam os sinais vitais e encaminhava para quem estava em casa, que permanecia de plantão à distância, às vezes em reunião on line.

Mamãe raramente abria os olhos, mas costumava apertar nossas mãos com força, como se quisesse proteção. Esse pequeno fôlego de vida era motivo para comemoração.

Como a situação mudou, todo o processo de alta foi revisto, novas exigências médicas surgiram. Finalmente no dia 19 de agosto às 14 horas, mamãe foi transportada em uma ambulância para casa.

Apesar de ainda estar sob cuidados médicos, como se estivesse internada, vê-la em casa é uma vitória incomensurável, que só nos resta comemorar.

A gratidão à equipe médica e de enfermagem é tão grande, que não cabe em nós. Aos familiares que cuidaram dela no hospital, aos que oraram, enfim, nossa Gratidão a Deus e aos anjos humanos por nos dar a oportunidade de nossa mãe voltar para sua casa, onde dedicou carinho e proteção aos frequentadores do seu lar, que encontravam alento em suas asas acolhedoras.

Maria Amélia voltou …

Saudação ao Sol

Por Ana Creusa

Papai era um exímio observador da natureza. Ele se guiava pelos planetas e estrelas. Venerava o Sol, contemplava-o todas as manhãs com uma saudação de louvor e admiração, recebendo dele a energia necessária para mais um dia de trabalho.

José Santos se conectava ao Universo de forma peculiar e poderosa. Ele, a cada dia se lapidava como uma pedra preciosa de alto quilate – José era um ser humano ímpar. Tinha sua forma própria de captar Sabedoria, como disse Sodrezinho no artigo Palavras ditas e não ditas: não se sabia o que ele não sabia.

Atribuo a sabedoria de meu pai à obediência às leis universais. Por meio dessa conexão habitual à natureza, ele alimentava o sentimento de amor e devoção a Deus.

Todas as manhãs, José dirigia sua atenção ao Sol nascente. O momento em que o Sol aparecia no horizonte, na direção leste, era sagrado para José. Ele não perdia esse momento mágico por nada neste mundo. Sempre lá estava ele, em posição de sentido aguardando para saudar o astro rei, em completo silêncio.

No inverno, as imagens do campo cheio misturavam-se à imensidão do céu que se espreguiçava do repouso da noite anterior. José era envolto àquela paisagem inédita a cada alvorecer.

No verão, a relva molhada da noite encontrava-se com as nuvens furta cor, formando um todo, incapaz de se estabelecer qualquer divisão. José era envolto àquela dança, flutuava no mesmo compasso. Ele fazia parte daquele Universo multicolorido. Sem perceber, fechava os olhos.

Naquele estado letárgico, ele permaneceria a eternidade. Quando, aos primeiros clarões ao leste, o canto e revoar das graúnas, fazia com que ele abrisse os olhos. Com espanto, via que o cenário era outro, tudo mudara. Nada do que via antes do estado letárgico existia mais.

Estabelecia-se uma nova harmonia, que se juntava a ele, desta feita ornamentando tudo com o brilho do Sol, para dizer que o dia chegou!

Sempre tive a curiosidade de saber qual a fonte de Sabedoria do meu pai, como ele aprendeu tantas coisas. Quem conheceu meu pai, sabe que ele tinha algo especial. Ele sabia de coisas que jamais tivera experiência.

Lendo Deepreck Chopra, não tive dúvidas: era nesse encontro com o Sol que ele acessava a Sabedoria Infinita.

O sol nasce para todos. Mas nem todos... Ely Santos - Pensador

CONHEÇA O IDEALIZADOR DA AÇÃO DE GRAÇAS NA JUREMA

Por Ana Creusa

Quem conheceu José dos Santos pessoalmente sabe que ele não era um ser humano comum. Alguns dizem que, pessoas como ele, nascem de cem em cem anos. Eu, porém, os afirmo: ele foi e será único. Não como todos nós somos, mas pela sua história e trajetória de vida. Tudo parece ter sido meticulosamente planejado, cada evento, cada experiência que ele viveu.

Ciente dessa singularidade desse ser humano, não podemos deixar morrer a sua história e não basta a passagem verbal de pais para filhos e netos. É necessário que se deixe registros definitivos de sua passagem entre nós.

Foi com esse espírito de missão que me aventuro em registrar parte da experiência marcante que tive com meu pai, desde a minha infância, até sua morte aos 95 anos.

Lembrando da história do meu pai, comparo-a aos pais de figuras famosos da literatura como a que relata Frank Kafka, em sua memorável Carta ao Pai, a qual retrata o devastador acerto de contas com a figura tirânica de seu pai. Também, na obra Ribamar de José Castello que relembra os momentos terminais de seu pai, que declara: “Não vou adoçar nada: seu corpo, murcho e disforme, me enoja”. Também ouvi relatos de amigos que relembram seus pais pela dureza, com surras cruéis e totalmente injustas.

Papai era o oposto disso, como relatado no prefácio por seu neto José Sodré Ferreira Neto, ele educava pelo exemplo com mansidão e amor. Ele sempre fora assim, não apenas quando ganhou experiência pela idade, como era de se supor. Suas atitudes, gestos e palavras pareciam ser sempre meticulosamente planejadas. Era possuidor de uma inteligência rara, que lhe permitia um humor respeitoso e extremamente engaçado.

Possuía sorriso fácil, era extremante dócil. Porém, todos lhe dispensavam um respeito comovente. Todos pareciam querer agradá-lo em suas preferências. Era sempre muito gratificante servi-lo. Atender às suas vontades. Ele possuía uma aura de luz que irradiava naqueles que dele se aproximavam.

Meu pai era um ser humano perfeito. Até aquilo que poderia ser considerado defeito para alguns, para nós era um charme, um elemento diferenciador de sua personalidade marcada pela ternura, sabedoria e sensibilidade.

José dos Santos é natural de Palmeirândia, terra de seus pais. Foi criado no Povoado Cametá, no Sítio Jurema – Peri-Mirim/MA, nasceu eu 02/02/1922, filho de Ricardina Santos e Máximo Almeida, o nome do seu pai não consta no seu registro de nascimento, pois seus pais não eram casados. Sua mãe era negra e seu pai, louro de olhos azuis. Pelos padrões da época, não havia casamento entre essas raças.

Na época predominava os bailes separados pela cor da pele. José na adolescência, apesar de não ser negro, geralmente, sofria resistência para entrar nos “bailes dos brancos”, por ser filho de Ricardina.

Sua mãe teve oito filhos, mas faleceu muito jovem, quando José tinha apenas 18 anos. Na época, sua mãe não tinha nenhum companheiro – criava os filhos sozinha.

Homem de poucas letras, estudou apenas três meses. Naquela época não tinha escolas, os professores eram contratados pelos fazendeiros para educar apenas os seus filhos. João Guilherme e Mariana Martins contrataram uma professora para ensinar seus filhos e Ricardina pediu para que os amigos deixassem seus filhos maiorzinhos estudarem na casa deles.

Após três meses José já sabia ler e rabiscar algumas letras. A professora mandou comprar-lhe livro de 2.º Ano, porém, a professora teve que ir embora, por se envolver em um triângulo amoroso que contrariava a vontade dos patrões.

A professora pediu a Santoca (alcunha da mãe de José), para que levasse José consigo, para que ele pudesse aprender mais. Mas a mãe não podia deixar: José era seu filho mais velho e já lhe ajudava nas tarefas da vida.

Sem a professora, mas com o Livro de 2.º Ano nas mãos, José leu e releu o livro. Memorizou todas as lições, que mais tarde viria a contar para seus filhos e netos: ele sabia os afluentes da margem direita e esquerda do Rio Amazonas e várias lições como: “Vá e entrega-se ao vício da embriaguez” e tantas outras que contaremos neste livro.

Antes de falecer, Ricardina pediu a José e Maria Santos que cuidassem dos seus irmãos. O irmão mais novo, Manoel Santos, tinha apenas 2 (dois) anos de idade.

Os filhos de Ricardina são: 1) Joelzila; 2) Maria dos Santos; 3) José dos Santos; 4) João Pedro; 5) Alípio; 6) Antônio; 7) Izidorio e 8) Manoel. Destes, apenas João Pedro ainda está vivo.

José tinha muitos sonhos, o mais forte deles era servir a Pátria Amada. Ele gostaria de seguir a carreira militar no Exército Brasileiro e tocar clarinete na Orquestra do Exército, mas com a missão de continuar a criação dos seus irmãos, não pôde realizar esse sonho.

Com esse sonho ainda vivo, José estimulou os seus irmãos a servir o Exército, Alípio e Antônio engajaram na Polícia Militar (PM) do Maranhão. Antônio foi destacado para o município de Coelho Neto, para dar segurança à família Duque Bacelar e depois deixou a PM e por lá casou-se e tive seus filhos.

Alípio permaneceu na PM, galgando a maior posição que um Praça pode alcançar, cargo em que se reformou.

José e Maria Santos criaram seus irmãos com princípios e valores sólidos: todos lhe tomavam a bênção e lhes deviam respeito. Os irmãos homens tinham o hábito de somente sentar-se à mesa na cabeceira, mas quando Zé Santos os visitava, na hora das refeições, todos eles cediam o lugar da cabeceira da mesa para José, que comandava a Família do irmão naquele momento solene, sempre antecedido de orações. Pode-se ver que José cumpriu muito bem a missão que a sua mãe lhe confiou.

José na mocidade, cumpre registrar, era um jovem simpático, forte e musculoso, campeão de cana-de-braço, amansador de burro bravo, pé de valsa, brincante de bumba-meu-boi, comparecia às festas com terno de linho belga “arvo”[1], sapatos de couro, sorriso fácil, era muito cobiçado pelas moças do lugar.

José começou a namorar uma moça, filha do fazendeiro Benvindo Mariano Martins. Ela é Maria Amélia, sabia ler, escrever, fazer belas costuras e bordados e tinha um belo jardim, que costumava cuidar no final da tarde, quando Zé Santos já saía do trabalho e por ali conversavam.

Casaram-se e tiveram muitos filhos: 1) Francisco Xavier; 2) Ademir de Jesus (in memoriam); 3) Cleonice; 4) Edmílson José; 5) Ricardina; 6) Ademir; 7) Maria do Nascimento; 8) Ana Creusa; 9) Ana Cléres; 10) José Maria e 11) Carlos Magno (in memoriam).

José era um exímio educador, pois educava com amor, carinho e, principalmente pelo exemplo, pois era líder comunitário em Peri-Mirim, juntamente com Pedro Martins. José Santos era um homem de Fé.

Antes de falecer, José ainda queria realizar um sonho: construir uma casinha no exato lugar onde fora criado (na Jurema), para que fosse celebrado o seu aniversário, com uma missa em homenagem à sua mãe Ricardina. Ele realizou esse sonho como idealizou, aos seus 94 (noventa e quatro) anos.

Também idealizou que uma vez por ano fosse feita uma reunião na Comunidade de Cametá, na casa que construiu para homenagear a sua mãe, para que todos se reunissem para celebrar a união e gratidão pelas pessoas do lugar.

Ao evento deu-se o nome de Ação de Graças na Jurema. José faleceu antes que fosse realizada a 1.ª Ação de Graças que idealizou para que fosse realizado todo ano. Já foram realizadas sete ações de graças, nas seguintes datas:

I – 29 de julho de 2017 (utilizada a mesma camisa da missa de mês da morte de José Santos, na cor branca);

II – 28 de julho de 2018 (camisa de cor branca, com logomarca provisória);

III – 27 de julho de 2019 (camisa na cor amarela com logomarca definitiva);  em 2020 não houve o evento devido a Pandemia da Covid-19;

IV – 20 de novembro de 2021 (Camisa cor Azul);

V – 19 de novembro de 2022 (Camisa cor Verde);

VI – 14 de outubro de 2023 (Camisa cor Abóbora);

VII – 16 de novembro de 2024 (Camisa Rosa Pink) e

VIII – 20 de setembro de 2025 (Camisa cor Verde Limão).

José dos Santos era um líder, um educador nato, possuidor de uma inteligência ímpar, um homem digno, que mereceu entrar para a imortalidade ao ser escolhido para ser um dos patronos da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense, para que sua história seja contada às futuras gerações – foi um homem exemplar, motivo de orgulho para toda a sua descendência.

José dos Santos sempre pregou a União, vivia na graça, era um Homem Feliz, faleceu no dia 25 de fevereiro de 2017, aos 95 (noventa e cinco) anos, em São Luís, onde está sepultado juntamente com seu filho mais novo, Carlos Magno.

[1] Refere-se à cor branca.

… DO FUNDO DO BAÚ!

Por Zé Carlos

“Um dia dêssi”, eu, desligado, “meio aluado”, ruminando umas ideias um tanto esquisitas, ia andando distraído, por uma ruazinha, e fui despertado por um conversote, alegre e camarada. Presenciei uma senhorinha a se desculpar, com a sua comadre, por ter “perdido a hora”. Bendito atraso, a me levar ao reino das boas e eficientes expressões, que nos afirma(ra)m como baixadeiros, da gema. E não foi difícil. Bastou que ela tivesse dito que o atraso foi por causa de “um trespasso!”

E, de verdade, se houve “um trespasso”, só o baixadeiro para saber “dibulhá sua semânquica”. E não é “nenhum’ palavrão cabeludo”. Ou algo que abale a moral e os bons costumes. “Nadica de nada disso, ora sô!”

E, nessa digressão, “proveitei i tive meo trespasso”. E com muitos sonhares. Estive no baú das boas lembranças. Até vi, quando “nãu vevíamo aduecido neim abarrotávo us consultóro i us pôsto de saúde”. Ali, era “saúde pra mais de metro! Saúde de ferro!” À base de muito “bulão di terra”, leite, manga, banana, carambola, bacurizinho, goiaba, jenipapo, ingá, araticum, tucum, juçara, pandu de café, pirão … E, com toda certeza, éramos imunes a maioria “dais duença” (….)

Relembrei, também, que no máximo podíamos ficar “necessitado de um AS”, por estarmos um “pôquinho isbandalhado ou iscangalhado, cum dô nais cadêra”. E, se fosse “AS infantil”, ia até com farinha! E, só se forçássemos muito, na bruta e árdua labuta, podíamos ficar “discaderado”. Aí, “o bicho pegava”. O problema se tornava mais sério. E só restava apelar à jalapa ou ao azeite de carrapato ou a “uma piula” Paulo Famoso ou a uma garrafada. “Era batata!”

E, “quano eo já ia dispertano”, ainda pude vislumbrar uma zelosa e brava “mãizinha”, com “o infaro” de toda mãe, “a berrá” com o filho para “pará di sê isgulepe, pra nãu ficá privado i intalado, já qui vêvi maquinano, só u qui nãu prestha”.
“Eita”, que Deus “nusacuda!”

“I u incapetado du muleque si fingio di surdo, si impanturrô inté nãu pudê mais i iscapô di uma sinhora pisa”. Valei-me, Santo Inácio de Loiola!

E, para não faltar nada, “cum um ôio abêrto i ôto fêchado, eo inda ouvi ortas coisinha”. Nem vou falar. É melhor. E, como “nãu quero incumpridá cunversa, s’inda tivê arguéim, aí , qui fala fundilho, intertela ou ri ri” … saiba “qui sêmo du mermo tempo!”

ALCAP Lança o III Prêmio Naisa Amorim com Foco na Cultura Popular do Brasil e do Maranhão

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), lança a terceira edição do Prêmio ALCAP Naisa Amorim, consolidando-se como uma das principais ações de incentivo à arte, à leitura e à escrita no município de Peri-Mirim. As inscrições estarão abertas de 27 a 30 de outubro de 2025, com premiações em dinheiro, certificados e placas de reconhecimento.

Com o tema “Cultura Popular: Heranças e Tradições do Brasil e do Maranhão”, o concurso busca valorizar as manifestações culturais que compõem a identidade do povo brasileiro, especialmente do Maranhão. Alunos da rede pública e particular de ensino do município poderão participar em quatro modalidades: Desenho, Poesia, Crônica e Escola Criativa.

MODALIDADES E PÚBLICO-ALVO:

Desenho: para estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

Poesia: para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e EJA.

Crônica: para estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio e EJA.

Escola Criativa: voltada para instituições que desenvolverem ações de mobilização para o concurso.

As escolas participantes devem promover oficinas de produção artística e literária, realizar a seleção dos trabalhos e efetuar as inscrições presencialmente na Biblioteca ALCAP Prof. Taninho, localizada no prédio do SINDPROESPEM, nos turnos da manhã e tarde.

PREMIAÇÃO

Os primeiros, segundos e terceiros colocados de cada categoria receberão prêmios em dinheiro, que variam de R$ 150,00 a R$ 500,00 além de certificados e placas de reconhecimento. Também serão homenageados os professores orientadores e as escolas envolvidas.

Como forma de promoção da equidade, pelo menos uma das vagas premiadas de cada categoria será destinada a estudantes das escolas da zona rural.

EVENTOS DA PREMIAÇÃO

Os trabalhos premiados serão apresentados publicamente em um evento cultural a ser anunciado em breve, com a presença dos autores e professores. A participação nesse momento é obrigatória para recebimento do prêmio.


O III Prêmio Naisa Amorim é uma homenagem à educadora perimiriense que marcou gerações com seu amor pela educação e pela cultura. A ALCAP reforça o convite a todas as escolas para se engajarem nessa iniciativa que fortalece os laços entre educação, arte e identidade cultural.

Inscrições: 27 a 30 de outubro de 2025
Local: Biblioteca ALCAP Prof. Taninho – Rua Desembargador Pereira Júnior, s/n – Prédio do SINDPROESPEM
📩 Dúvidas: academiaperimiriense@gmail.com | (98) 98123-5629

Confira o Edital nos Links abaixo:

EDITAL III PRÊMIO

RESUMO